segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

As TIC na Educação e Formação

“ (...) o homem, por meio da tecnologia procura dominar o ambiente. O seu intento é o de garantir um espaço mais seguro para viver. (...) Inventa com o impulso da fantasia e da experiência, instrumentos cada vez mais adequados: desde o pau de escavar ao arado; do jogo à energia atómica; do arco e da flecha às redes” Bernardi (1974).

Nesta época, como em épocas anteriores, as expectativas em relação às tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), sugerem rápidas alterações no currículo educativo. O rápido desenvolvimento das TIC e as novas teorias de aprendizagem geram transformações na educação e na sociedade, pelo que cabe à Escola preparar os alunos para viverem essa realidade e, como pessoas, serem cidadãos capazes de intervir na sociedade de forma crítica e construtiva.
As fontes do saber já não são apenas o livro, a escola e a família; na sociedade da informação e do conhecimento surgem novos suportes e novos recursos decorrentes da evolução da tecnologia.
Diversos autores têm alertado para a necessidade de uma clarificação da terminologia referente às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) dada a multiplicidade de critérios e perspectivas existentes sobre a mesma. Segundo Gisbert et al. (1995) o conceito de TIC é definido como sendo o “novo conjunto de ferramentas, suportes e canais para o tratamento e acesso à informação que têm um carácter inovador, promovendo uma mudança tecnológica e cultural e estabelecendo um novo conceito de alfabetização”.
O mundo está em sucessivas e rápidas mutações numa globalização crescente e numa maior complexidade das sociedades. Essas transformações sociais implicam uma reflexão sobre o papel da Escola na sociedade em que vivemos. Atravessamos tempos de mudança e a Escola como organização social é confrontada com o desafio de responder às transformações que a sociedade vem enfrentando. Sobre a Escola recai também a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento global da sociedade, através do contributo potencial que as tecnologias lhe podem trazer, entendidas como uma dimensão fundamental para o desenvolvimento.
É hoje, por isso, consensual na sociedade que a Escola deve evoluir no sentido de melhorar a qualidade da educação, aumentar a sua eficiência na preparação dos jovens para as exigências da vida actual, reduzindo os níveis de infoexclusão.
A Escola é o local onde os alunos passam grande parte da sua vida e os professores assumem um papel preponderante nas aprendizagens que o aluno vai construindo ao longo do seu percurso escolar. Ao melhorar a qualidade das experiências, estamos a valorizar as aprendizagens que o aluno constrói e o seu currículo escolar.
As TIC podem e devem ser, não só um instrumento formal e técnico de aprendizagens, mas alargar o seu âmbito de acção, sendo promotoras de um ensino de qualidade para todos, permitindo àqueles que, por motivos de vária ordem, têm dificuldades em acompanhar os ritmos de aprendizagem, realizar e recriar o seu próprio modo de aprendizagem. Para isso, é necessário o aproveitamento integral das TIC, uma nova forma de pensar a docência e uma reestruturação da Escola. Como refere Pontes (2003),

“Sou dos que pensam que a escola, tal como existe hoje, vai ter de desaparecer mas, também, que a escola, como instituição não vai desaparecer. Ou seja, terá de haver mudanças profundas – como de resto tem acontecido ao longo dos tempos – mas não deixará de haver escola” (p.19).

Nesta emergente Sociedade do Conhecimento cujo desafio é “entrar na era digital e tornar-se uma verdadeira economia baseada no conhecimento” (Comissão Europeia, 2003: 23) é fundamental alcançar níveis elevados de sucesso escolar para a construção do sucesso económico.
Neste contexto, é reconhecido também o enorme potencial que se verifica na aprendizagem das crianças, pelo que se torna necessário capacitar as crianças e jovens para a adaptação às novas tecnologias neste mundo digital que fascina e opera transformações radicais na forma de agir e de pensar desde a primeira infância. Ramos (2005), corrobora este raciocínio ao afirmar que

“Para além dos benefícios académicos, a utilização das TIC em contexto lectivo, desencadeia, normalmente, um conjunto de efeitos sócio afectivos positivos, como a motivação para aprendizagem que se traduz em entusiasmo durante as actividades realizadas (...) a motivação emerge da tendência do ser humano e em particular da criança, para a curiosidade e consequentemente exploração de objectos e situações ao seu redor (p.179).

As TIC, dadas as suas potencialidades enquanto instrumento educativo, influenciam cada vez mais a actividade profissional dos professores. Os seus principais efeitos são, e indo de encontro à ideia de Papert, proporcionar uma relação com o saber e um novo tipo de interacção com os alunos. Esta interacção pode ser muito importante, principalmente porque os alunos têm um entusiasmo contagiante e sentem-se irresistivelmente “presos” ao computador.
Para que esta aprendizagem seja propiciada, Papert evidencia que “o papel do professor é criar condições para a invenção, em lugar de fornecer conhecimentos já consolidados” (1997:75). Com esta aprendizagem, a relação professor-aluno resulta profundamente alterada pelo uso das novas TIC, em especial se estas são utilizadas intensamente. A aprendizagem é feita pela descoberta.
De facto, para que a motivação e interesse suscitada nos alunos em geral, por este potente recurso que é o computador, sejam acompanhados de um conhecimento mais profundo do mesmo, abaixo remetemos um link onde estão explanados alguns exemplos de Ferramentas Informáticas ao serviço da educação:

http://www.snapdrive.net/files/523845/ferramentas%20de%20TIC.doc

Outra ferramenta importante ao serviço do Ensino e Educação é o BLOG, tema ao qual dedicamos especial atenção nesta unidade curricular de TIC. Para conhecer melhor o BLOG, a seguir apresentamos sumariamente alguns aspectos que mereceram a nossa atenção nesta investigação.

http://www.snapdrive.net/files/523845/O%20que%20%C3%A9%20um%20Blog.doc





Bibliografia

Comissão Europeia (2003). Para uma Europa do Conhecimento. A União Europeia e a
Sociedade da Informação. Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias.

Delors, J. (2001). Educação um Tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 7.ªed. Porto: Edições Asa.

Freitas. J. C. (1992). As novas Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação: Esboço para um Quadro Geral, in Vítor D. Teodoro & J. Correia de Freitas (org), Educação e Computadores, (pp.27-88). Lisboa: Gabinete de Estudos e Planeamento.

Gisbert, M. (et al.) (1995). Las Nuevas Tecnologias en la Educación.

Levy, P. (2000). Cibercultura. Lisboa: Instituto Piaget.

Osório, A. J. (1998). Telemática, Internet e Professores, in Revista O Docente Novos Desafios, Novos Rumos (pp.23-24). XIV Encontro Nacional de Professores, Braga, ANP.

Papert, S. (1993). A escola está a perder a sua legitimidade. Aprender n.º 15, 6-9.

Papert, S. (1997). A família em rede. Lisboa: Relógio d’Água Editores, Lda.

Ponte, J. P. (2003). As TIC no início da escolaridade: Perspectivas para a formação inicial dos professores, in J.P. Ponte (org.), A formação para a integração das TIC na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino básico. Cadernos de Formação de Professores, n.º4, pp.19-26. Porto: Porto Editora.

Paraskeva, J & Oliveira, L (2006) Currículo e Tecnologia Educativa. Volume I Mangualde: Edições Pedago.
Ramos, A. (2005). Crianças, tecnologias e aprendizagem: contributo para uma teoria Substantiva. Tese de Doutoramento em Estudos de Criança. Braga: Universidade do Minho.


Referências electrónicas

http://www.interney.net/blogfaq.php?p=6490966, consultado a 12/12/07

http://www.rebeccablood.net/essays/weblog_history.html, consultado a 12/12/07

http://ajuda.sapo.pt/comunicacao/blogs/geral/Um_Blog_pode_ter_mais_do_que_uma.html, consultado a 12/12/07

http://pesquisa.sapo.pt/?barra=resumo&st=&channel=&q=o+que+%C3%A9+um+blogger, consultado a 12/12/07

http://pt.wikipedia.org/wiki/Weblog, consultado a 12/12/07

http://ajuda.sapo.pt/comunicacao/blogs/geral/O_que_um_Blog_.htm, consultado a 12/12/07

Um comentário:

Anônimo disse...

O texto esta interessante mas demasiado longo para ser apresentado num blogue... Ou seja, poderia ser 'cortado' em blocos e apresentado dessa forma...